A pornografia, amplamente acessível na era digital, levanta preocupações significativas quanto aos seus impactos na saúde mental. Estudos sugerem que o consumo excessivo pode levar à dependência, gerando alterações no circuito de recompensa do cérebro, similar ao que ocorre em outros tipos de vícios. Essa dependência pode resultar em uma diminuição da satisfação sexual e emocional em relacionamentos reais, além de contribuir para o isolamento social e dificuldades na intimidade. A exposição frequente a conteúdos pornográficos também está associada ao aumento da ansiedade, depressão e distorções na percepção da realidade, especialmente em relação ao corpo e às expectativas sexuais. Indivíduos podem desenvolver compulsões, levando a um comportamento sexual desadaptativo, prejudicando a capacidade de manter relacionamentos saudáveis. Além disso, a pornografia pode reforçar estereótipos de gênero e atitudes objetificantes, exacerbando problemas como a violência sexual e a desvalorização do consentimento. Em longo prazo, esses impactos podem se manifestar em dificuldades de regulação emocional, baixa autoestima e problemas no desenvolvimento psicossocial, exigindo, muitas vezes, intervenção terapêutica. Portanto, a pornografia deve ser abordada com cautela, considerando seus potenciais riscos para a saúde mental.