A Trombose trata-se de uma doença de grande relevância clínica, em virtude de seu alto acometimento na população geral, especialmente em mulheres, quando relacionada ao uso de alguns medicamentos, anticoncepcionais, sedentarismo, má alimentação, gravidez, tabagismo e cirurgias. Tais fatores de risco extrínsecos, quando associados à trombofilia genética, aumentam ainda mais as chances de desenvolvimento da doença. A Trombofilia é a causa evitável de morte em idade reprodutiva. Dessa forma, fatores de riscos como gravidez e pós-parto são associados a um risco aumentado de Tromboembolismo Venoso (TEV) em comparação com as mulheres não grávidas, onde a incidência de TEV é de 5 a 20 a cada 10.000 mulheres por ano na gravidez e 40 a 65 a cada 10.000 mulheres por ano após o parto, em comparação com 1 a 5 a cada 10.000 mulheres por ano fora da gravidez. Por certo, o uso contínuo de contraceptivos orais tem a principal função evitar gestações não planejadas, porém desencadeiam fenômenos tromboembólicos em virtude de hormônios presentes (estrogênios e progestágenos) alterando a homeostasia e a hipercoagulabilidade. Ademais, contraceptivos que contém menos de 50mcg de etinilestradiol contendo levonorgestrel podem ter menos risco de tromboembolismo. As manifestações das mutações são frequentemente silenciosas, portanto, é imprescindível a conscientização sobre as existências dessas mutações principalmente em mulheres em idade reprodutiva, pois há maiores possibilidades de prevenção do desenvolvimento da doença. Em síntese, o presente estudo tem como objetivo analisar o grau de ocorrência das mutações G202210A do gene da Protrombina e G1691A do Fator V de Leiden para detecção de trombofilia em mulheres em idade reprodutiva por meio do estudo de artigos científicos.