O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade do midazolam e do fentanil em reduzir da dose de indução do propofol e a qualidade de indução de cadelas pré-medicadas com acepromazina (0,03 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg). Trinta minutos após a administração da pré-medicação (T30) foram avaliadas a frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial sistólica (PAS), temperatura retal (TR). Em seguida, os cães foram aleatoriamente designados a receber um dos três tratamentos (n = 8): midazolam-propofol (grupo MP), fentanil-propofol (grupo FP) ou solução salina-propofol (grupo SP). Imediatamente após a administração do agente de co-indução, a anestesia foi induzida com propofol IV (2 mg/kg/minuto). A dose de propofol necessária para a intubação orotraqueal, a qualidade da indução e a ocorrência de efeitos indesejáveis foram registradas. Em T30, foi observado incremento sedativo nos grupos MP, FP e SP em relação ao momento basal (P < 0,05). Em T30, foi observada diminuição na FC, PAS e TR em relação ao basal (P < 0,05). Não houve diferença entre os grupos em relação aos escores de sedação, FC, FR, PAS, TR, dose de indução do propofol e qualidade de indução anestésica (P > 0,05). Foi observada apneia em quatro cães do grupo MP e em dois cães do grupo FP. Um cão do grupo MP apresentou rigidez muscular. Nas doses utilizadas, o midazolam e fentanil não foram capazes de reduzir a dose de indução do propofol em cães pré-medicados com acepromazina-morfina. A qualidade de indução anestésica foi excelente, com possível ocorrência de apneia e rigidez muscular. A associação acepromazina-morfina resulta em sedação de leve a moderada, e diminuição da FC, PAS e TR.