Este artigo analisa a evasão escolar no ensino superior no Brasil, entre 2009 e 2019, usando dados do Inep. O artigo define o conceito de evasão escolar, revisa a literatura sobre os fatores que influenciam o fenômeno e apresenta os indicadores de fluxos do ensino superior. Os principais resultados são: O número total de matrículas no ensino superior aumentou de 5.954.021 em 2009 para 8.603.824 em 2019, um crescimento de 44,5%. A rede privada concentrou a maior parte das matrículas (75%) e teve um crescimento maior do que a rede pública (47,2% contra 36,5%). A modalidade a distância teve um crescimento muito superior à modalidade presencial (266,5% contra 5,4%) e representou 58% das matrículas em 2019. A taxa média de evasão nos cursos de graduação presenciais foi de 18,4% em 2018, sendo de 12,4% na rede pública e de 20,7% na rede privada. As principais causas apontadas pelos estudantes que abandonaram os cursos foram: dificuldades financeiras, falta de identificação com o curso ou a instituição, problemas pessoais ou familiares, baixa qualidade do ensino ou da infraestrutura, entre outras. O artigo conclui que a evasão escolar no ensino superior é um problema complexo e multifatorial, que requer políticas públicas e institucionais para preveni-lo e combatê-lo. O artigo também sugere algumas recomendações para reduzir a evasão escolar no ensino superior.