Nos últimos anos têm sido intensas as mudanças no comportamento dos consumidores de diversos países, especialmente no tocante ao aumento do consumo de alimentos industrializados e entre esses, os que são conhecidos como ultraprocessados. Este fato está de acordo com o crescimento deste tipo de indústria, que também promove medidas que podem influenciar a compra de tais produtos, como marketing e desenvolvimento de embalagens/produtos que geram praticidade ao consumidor. Porém, esse acréscimo na ingestão de ultraprocessados, juntamente com outros fatores, tem sido reconhecido por alguns autores como responsável pelo incremento nos índices de sobrepeso e obesidade, o que pode acarretar prejuízos à saúde do consumidor. Ademais, este aumento tem ocorrido em todas as faixas etárias da população brasileira, sendo mais grave entre os adolescentes. Além dessa variável, outros determinantes, como renda, classe social e local da habitação também podem influenciar nestes índices. Neste sentido, o governo brasileiro tem buscado medidas para minimizar o impacto dos alimentos industrializados na saúde da população, assim como o crescimento nas taxas de obesidade. Contudo, apesar das medidas já tomadas, ainda há muitos desafios, notadamente, à maior fiscalização em relação à legislação destes produtos.