Expansão urbana e conservação da diversidade florística: o caso das Restingas da Zona de Expansão de Aracaju, SE

Abstract

Embora as Restingas possuam considerável biodiversidade, elas estão entre os ecossistemas mais ameaçados do domínio de Mata Atlântica devido a sua localização nas áreas de ocupação e expansão urbana no litoral brasileiro. Neste estudo, foi realizada uma caracterização das Restingas da Zona de Expansão de Aracaju, estado de Sergipe. Uma lista florística foi elaborada e as fitofisionomias foram identificadas a partir de incursões a campo, complementadas pela compilação de dados de coletas botânicas prévias. Foram, ainda, realizadas análises de similaridade florística e de distinção taxonômica entre as Restingas de Aracaju e outras áreas de Restinga da região Nordeste. Ao todo, foram encontradas 181 espécies (sendo duas destas exóticas invasoras), distribuídas em seis fitofisionomias. As famílias de maior riqueza específica foram Fabaceae (34), Cyperaceae (23) e Rubiaceae (12). O baixo valor de distinção taxonômica registrado para as Restingas estudadas é provavelmente devido à presença de impactos antrópicos observados in situ. A formação de grupos floristicamente similares foi associada à distância geográfica, embora não sejam descartadas hipóteses ecológicas e históricas. Ressalta-se a necessidade de ações visando à preservação dessa região, como o estabelecimento de unidades de conservação, uma clara delimitação das áreas de preservação permanente e uma mais efetiva fiscalização dessa região.

Arranjo estrutural e diversidade do componente lenhoso da restinga em Caravelas, sul da Bahia, Nordeste do Brasil

“…Deste modo, ressaltamos a importância dos estudos fitossociológicos para caracterizar a vegetação fornecendo dados sobre o arranjo e composição para auxiliar em relação a indicações de espécies para a recuperação da comunidade e subsidiar dados para o planejamento e execução de ações para o desenvolvimento sócioeconômico e conservação da das restingas (Longhi et al, 2000;Santos-Filho et al, 2013;Oliveira et al, 2020). Assim, o presente estudo buscou responder as seguintes questões: (i) qual a composição e arranjo estrutural do componente lenhoso?…”