“…Os primeiros pesquisadores supracitados usaram um questionário contendo dados sociodemográficos referentes aos sintomas consequentes do tratamento quimioterápico e dados relacionados à intolerância alimentar, enquanto no segundo, investigaram variáveis por meio de uma pesquisa que incluía todas as queixas e/ou efeitos colaterais relatados pelos pacientes durante o tratamento, incluindo a alteração no paladar. Miranda et al (2013) observaram que 60% dos pacientes apresentaram disgeusia durante o tratamento, diferente de Saragiotto et al (2020), que em apenas 4,46% das visitas, os enfermos relataram o sintoma.Em outro estudo, Ferreira; Guimarães; Marcadenti (2013) demonstraram que essa forma de prejuízo nos sabores foi relatada por 17% dos doentes bem nutridos e em aproximadamente 40% dos desnutridos, segundo ASG-PPP.As manifestações orais, assim como a disgeusia, são sintomas comuns encontrados em pacientes oncológicos que estejam submetidos a algum tipo de tratamento específico para a doença, assim evidenciados porPalmieri et al (2013), que durante a realização do tratamento quimioterápico, pôde-se observar associações significantes (26,1%) com a presença de disgeusia nos pacientes.A Figura 2 relaciona informações sobre os tipos de tratamento oncológico e disgeusia, de acordo com os resultados encontrados pelos trabalhos utilizados nesta revisão.Segundo Oliveira Filho (2011), aproximadamente 90% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço apresentaram alterações do paladar após realização de radioterapia, e entre os sabores básicos, o doce foi o mais prejudicado. Por outro lado, Pugnaloni et al (2020) observaram sensibilidade maior aos sabores azedo e salgado nos pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia.. Nutrivisa -Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde Periódico licenciado sob uma Licença Creative Commons atribuição 4.0 Internacional.…”