O objetivo deste estudo foi conhecer as ações em saúde realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde às famílias de pessoas dependentes de cuidados. O estudo é de natureza qualitativa, realizado com 21 profissionais que integram equipes da Estratégia Saúde da Família de um município de pequeno porte, localizado na região noroeste do estado do Paraná. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semi-estruturada que foram submetidas à análise de conteúdo na modalidade temática. Evidenciou-se facilidades relacionadas ao vínculo criado com as famílias assistidas, a à equidade da assistência e a à receptividade dos usuários ao trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde. Apontou-se Foram apontadas dificuldades na assistência, como baixa escolaridade, medo causado pela presença de drogadição nas áreas de abrangência e sobrecarga de trabalho. Na questão organizacional, a ineficiência dos serviços especializados, falta de transporte para as visitas e de materiais necessários para a rotina de trabalho foram considerados como fatores que impedem a realização de uma assistência mais adequada. Conclui-se que os Agentes Comunitários de Saúde, que acompanham as famílias de pessoas dependentes de cuidado, têm seu trabalho interferido negativamente pelas dificuldades encontradas no dia a dia, as quais necessitam ser improvisadas cotidianamente para que a assistência seja prestada.