Ao abordar os media pode ver-se que se está perante uma enunciação de manifestações comunicacionais norteadas por uma relação direta, de causa e efeito, que ocorre em dois domínios – o estímulo codificado, que é proposto pelos media, e as múltiplas respostas que compõem a interação com o público. É na vastidão deste eixo, que é caraterizado por uma constante permuta de códigos, signos e suportes linguísticos, que ocorre o paradigma da construção e transmissão da realidade para o homem através dos artefactos mediáticos. No caso da televisão, historicamente, está-se perante um meio de comunicação com uma presença e um impacto que são inauditos na história da humanidade. Dos seus conteúdos destaca-se a informação. No que concerne ao consumidor idoso, pode verse que se regista uma grande adesão ao meio a este género em particular. Esta aspeto deve-se ao cumprimento de necessidades relacionadas não só com a sua dieta mediática, como também à resposta a dinâmicas muito particulares desta faixa etária. Neste trabalho, que se encontra ainda em fase de revisão literária, à luz da abordagem dos Usos & Gratificações (U&G), pretende-se, num primeiro momento, fazer uma revisão dos motivos que sustentam e particularizam o consumo de TV e da informação televisiva, compreendendo não só as motivações para o consumo deste meio e este género em particular para os idosos, como também a pluralidade que especificam as aplicações práticas que representa no quotidiano e na qualidade de vida dos idosos.