Exposição ocupacional a agrotóxicos, riscos e práticas de segurança na agricultura familiar em município do estado do Espírito Santo, Brasil

Abstract

Resumo Objetivo: caracterizar a exposição ocupacional, percepção do risco, práticas de segurança e fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual (EPI) durante a manipulação de agrotóxicos. Métodos: estudo transversal com amostra representativa de agricultores de Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo. Procedeu-se à caracterização sociodemográfica e ocupacional dos agricultores com exposição direta a agrotóxicos e a identificação dos ingredientes ativos e classificação toxicológica dos produtos utilizados. Resultados: foram referidas 106 marcas comerciais, 45 grupos químicos e 77 ingredientes ativos. Houve predomínio do herbicida glifosato. Dos 550 agricultores avaliados 89% referiram uso de agrotóxicos extremamente tóxicos, 56,3% utilizavam mais de cinco agrotóxicos e 51% trabalhavam há mais de 20 anos em contato direto com estes produtos. Metade não lia rótulo dos agrotóxicos, mais de um terço não observava o tempo de carência para colheita e reaplicação e nem o de reentrada na lavoura; 71,4% não utilizavam EPI ou utilizavam de forma incompleta. Entre os fatores associados à não utilização do EPI, destaca-se a classe socioeconômica (p = 0,002), baixa escolaridade (p = 0,05), falta de suporte técnico (p < 0,001) e não leitura dos rótulos (p < 0,001). Conclusão: os agricultores apresentaram exposição ocupacional prolongada a múltiplos agrotóxicos de elevada toxidade, referindo práticas inseguras de manuseio.

Association of Selenium Intake and Development of Depression in Brazilian Farmers

“…It has been argued that studies on the role of nutrition in psychiatric diseases are essential to expand the role of health professionals with individuals with this morbidity ( 32 ). This study is justified by its relevance to public health, especially given the high incidence and prevalence of depression in recent years in the general population, and the scarcity of information regarding mental health in farmers ( 30 , 33 )—especially depression ( 34 , 35 )—as well as of nutritional and anthropometric assessments of this population ( 18 , 36 , 37 ). The representative and randomly selected sample of this study allowed us to extrapolate the results to the target rural population.…”

“…The Americas were ranked fourth in the global population with the highest prevalence of depression (15%), followed by the Southwest Asian (27%), Western Pacific (21%), Mediterranean (16%), European (12%), and African (9%) regions ( 3 ). In the population studied, there was a high prevalence of depression (16.17%) ( 35 ). This data is alarming since the prevalence of depression found in this study is higher when compared to some Brazilian studies.…”

Associação Entre Sintomas Respiratórios, Dados Sociodeográficos E Antropometria Em Agricultores Familiares

“…Peres et al (2019) alertam que é muito importante um ambiente seguro e adequado para os trabalhadores, e que deve ser realizada uma avaliação em relação as exposições ocupacionais Petarli et al, (2019). relatam que grande parte dos agricultores trabalham na agricultura há mais de 20 anos, com jornada laboral de 40 horas semanais, ficando expostos por vários tipos de fatores de riscos à saúde, como poeira, fumaça, e agrotóxicos, e a maioria se recusa a utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante o trabalho, justificando o incômodo para não utilização Santana et al (2016).…”

“…apontam que uma parte dos agricultores não concluem o ensino médio, e a outra são de pessoas analfabetas. O baixo nível de escolaridade dificulta o entendimento das informações sobre o uso dos EPIs, e até mesmo a aplicação dos agrotóxicos, os quais são aplicados sem a adequada leitura dos rótulos Petarli et al (2019). dizem que metade dos agricultores não leem o rótulo dos agrotóxicos, não observam o tempo para a reaplicação e muito menos cumprem o tempo adequado para aproximação com a lavoura, e infelizmente isso faz muito mal à saúde deles Bião et al (2017).…”

“…dizem que metade dos agricultores não leem o rótulo dos agrotóxicos, não observam o tempo para a reaplicação e muito menos cumprem o tempo adequado para aproximação com a lavoura, e infelizmente isso faz muito mal à saúde deles Bião et al (2017). ressaltam que o baixo nível de escolaridade dos agricultores brasileiros é uma realidade triste do país, pois suas condições trabalhistas são indigentes, porque pela falta de opção de trabalho acabam trabalhando em ambientes que os tornam vulneráveis, com sérios efeitos a saúde Petarli et al (2019). afirmam que até para aquisição dos agrotóxicos, os agricultores contam com a indicação de vizinhos, amigos e familiares, comprando de forma livre em lojas de produtos agropecuários Santana et al (2016).…”