Dimensionar as características sociodemográficas, o conhecimento sobre a Hepatite B, as práticas de autocuidado em saúde, bem como, a associação destas variáveis com o perfil imunológico de auxiliares em saúde bucal por meio de ensaios enzimáticos anti HBsAg e imunocromatografia. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, realizado na Atenção Primária em 40 municípios da região noroeste do Estado de São Paulo, atendidos pela DRS II. A coleta dos dados foi estruturada em etapas, sendo que na primeira foi empregado questionários semiestruturados autoaplicáveis, dimensionado em domínios demográficos, conhecimento e práticas de autocuidado em saúde. A segunda consistiu na análise da ficha de imunização dos participantes, seguido da verificação do status de imunização dos ASBs por meio de um ensaio imunocromatográfico rápido anti-HBsAG. A análise dos dados foi realizada no software Statistical Package for the Social Sciences, utilizando os testes qui-quadrado de Pearson, teste exato de Fisher, teste da razão da máxima verossimilhança e o teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov (p< 0,05). Participaram do estudo 158 ASBs, sendo 94,9% do sexo feminino, cor da pele branca (83,5%), casada (65,8%) e ensino médio completo (45,6%). Quanto ao conhecimento percebeu-se que grande parcela desconhecia sobre o VHB e que apesar de adotarem os protocolos de biossegurança, 58,2% já se acidentaram com percutâneos. Além disto, 45,6% dos auxiliares não estavam imunizados. Conclui-se que uma expressiva parcela dos ASBs não estava imune à contaminação pela hepatite B, sendo que as lacunas no conhecimento, comportamentos e condutas destes profissionais apresentaram influência sobre o status de imunização.