Exposure to Nano-Sized Particles and the Emergence of Contemporary Diseases with a Focus on Epigenetics

Participação do Nrf2 no processo de autofagia de células de brônquios humanos expostas ao material particulado de diesel

“…Em contrapartida, os motores a diesel emitem elevados níveis de material particulado. Nesses motores, o material particulado forma-se em altas temperaturas, em regiões da câmara de combustão ricas em combustível, a partir de gotículas individuais, envolvendo uma sequência de etapas, que são basicamente pirólise, nucleação, crescimento e coagulação, agregação e oxidação (Braun;Appel;Schmal, 2004 (Wichmann, 2007;Madl et al 2013). A composição básica média do material particulado é 70% em massa de carbono, 20% de oxigênio, 3% de enxofre, 1,5% de hidrogênio, menos que 1% de nitrogênio e, aproximadamente, 1% de elementos traços (Braun;Appel;Schmal, 2004).…”

“…Figura 2: Imagem esquemática mostrando os núcleos sólidos de carbono, sobre os quais estão adsorvidas outras substâncias, como hidrocarbonetos e sulfato. Adaptado de: Madl et. al, 2013. Como descrito na tabela 1, o MP é uma mistura complexa de partículas sólidas, orgânicas e inorgânicas, e líquidas, gotículas provenientes de muitas fontes e materiais diferentes.…”

“…De acordo com a sua origem, as UFP foram classificadas como 1) naturais, como cinza vulcânica, compostos minerais, aerossol do oceano e resíduos vegetais; 2) nanopartículas adaptadas pela indústria, com funções personalizadas, como nanotubos de carbono, nanofios, nano-revestimentos, entre outros; e 3) UFP antrópicas, originadas como subproduto de uma ação humana, como fumo do tabaco e as partículas de fuligem do escapamento de automóveis, principalmente aqueles com motores movidos a diesel (Madl et al 2013).…”

“…Independente da origem da partícula, estudos recentes procuram entender os efeitos e riscos potenciais de partículas com tamanho menor que 1 µm, como é o caso do DEP e das UFP. Devido ao seu pequeno tamanho, estas partículas possuem um potencial biológico diferente em comparação às partículas de maiores dimensões, pois seu tamanho diminuto permite que essas partículas passem pelas barreiras celulares (Madl et al 2013;Wichmann, 2007). Sendo assim, as UFP podem ser diretamente inaladas pelos seres humanos, penetrando profundamente no sistema respiratório, se depositando na árvore traqueobrônquica, ou até mesmo chegando às regiões alveolares (Andreau; Leroux; Bouharrour, 2012).…”

“…A deposição de partículas inaladas é determinada por fatores biológicos, tais como a anatomia e fisiologia do aparelho respiratório, bem como por fatores físicos, como a dinâmica de fluidos, propriedades das partículas, sedimentação gravitacional, difusão e interação química das substâncias adsorvidas ao material inalado (Madl et. al, 2013).…”