A partir de 2011, as políticas do governo federal do Brasil para as regiões de fronteira voltaram a priorizar a tradicional preocupação com segurança e defesa. As iniciativas criadas a partir de então efetivaram operações como a Ágata, voltadas ao combate da criminalidade nas fronteiras do país. Severamente impactada pela atuação de organizações criminosas, que promovem ilícitos como tráfico de drogas, armas e pessoas, além de contrabando e mineração ilegal, a Fronteira Oeste do Brasil, mais precisamente as díades com Paraguai e Bolívia, refletem um cenário marcado pela dificuldade de controle e vigilância por parte do Estado brasileiro. Assim, com enfoque nas políticas públicas para a zona de fronteira, este trabalho analisa a situação específica da Fronteira Oeste brasileira, na área correspondente ao Arco Central da faixa de fronteira do país e verifica a eficácia das atuais políticas de segurança e defesa e seu potencial na transformação da realidade fronteiriça.