RESUMOOBJETIVO: Verificar a existência de correlação entre qualidade de vida e distúrbios osteomusculares em trabalhadores informais da mineração da região do Seridó paraibano.MÉTODOS: Participaram do estudo 371 trabalhadores informais da mineração, os quais responderam a um Questionário Demográfico e Bio-Socioeconômico, ao Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) e ao Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, analisados a partir de métodos de estatística descritiva e inferencial (nível de significância igual a 5,00%).RESULTADOS: A maioria da força de trabalho encontrada foi composta por trabalhadores do sexo masculino (93,00%), com idade média de 36,56 anos. Entre os domínios de qualidade de vida, a capacidade funcional apresentou a maior pontuação (92,03 pontos) e a vitalidade a menor (69,26 pontos). Os distúrbios osteomusculares mais evidenciados estavam relacionados à região lombar com média de 0,70±0,95 pontos. Os domínios ligados aos aspectos físicos (capacidade funcional, aspectos físicos e dor) apresentaram correlações significativas e negativas com todas as regiões avaliadas de distúrbios osteomusculares (variações entre ρ=-0,36; p<0,01 a ρ=-0,13; p<0,01).CONCLUSÕES: Foi observada correlação negativa e significativa entre os domínios de qualidade de vida e a sintomatologia osteomuscular, em que os sintomas osteomusculares foram fatores redutores da qualidade de vida dos trabalhadores informais da mineração.
PALAVRAS-CHAVE:Mineração. Qualidade de Vida. Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho.