O objetivo foi analisar a concepção que mães ouvintes com filhos surdos têm sobre surdez e relacioná-la com a modalidade de linguagem utilizada pela mãe e pela criança. Entrevistaram-se 10 mães de crianças surdas, cinco pré-escolares e cinco escolares. Procedeu-se à análise de conteúdo das categorias "concepção de surdez" e "escolha da modalidade de linguagem" . A análise dos dados evidenciou que uma das mães parece ver a surdez como doença, outra como uma diferença e as outras mães encontram-se entre as duas posições. Quanto à escolha da modalidade de linguagem, metade das mães relata que seus filhos usam predominantemente os sinais, a outra metade utiliza a fala e os sinais e uma criança usa somente a linguagem oral. A criança cuja mãe concebe a surdez como doença procura se comunicar oralmente, enquanto aquela cuja mãe vê a surdez como diferença faz uso de sinais e de fala para se comunicar.