O estudo objetiva apresentar subsídios para o desenvolvimento de estratégias eficazes de comunicação em saúde para uma população adscrita de uma unidade básica de saúde do município do Rio de Janeiro através da realização de um diagnóstico situacional. Trata-se de estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa, com utilização de dados secundários oriundos de 200 relatórios produzidos na unidade de saúde. Foram adquiridas informações sobre perfil sociodemográfico e processo de comunicação em saúde da população adscrita. A mediana de idade dos participantes foi de 35 anos, sendo a maioria do sexo feminino. O nível de escolaridade predominante foi ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. A maioria da população possuía smartphones, televisão e acesso à internet. Foi verificado que os usuários possuem o Google® e Profissionais de saúde como fontes de informação em saúde recorridas, sendo o Google® mais expressivo entre pessoas do sexo masculino em detrimento do sexo feminino, que utiliza mais o Instagram®. No que se refere às estratégias de comunicação em saúde, a idade se mostrou como fator estatisticamente relevante quanto à aceitação de panfletos informativos sobre saúde (p=0,005). Quanto às fake news sobre saúde, foi verificado que participantes de idade entre 18 a 25 anos valorizam mais a checagem de informações, contudo 85% dos usuários afirmaram a importância de tal procedimento. Portanto, os achados contribuem para compreensão do processo de comunicação em saúde e planejamento de ações educacionais por profissionais assistenciais da Atenção Primária à Saúde, evidenciando seu importante papel neste contexto.