Família “margarina”: as estereotipias de famílias na indústria cultural e a des/re/construção de conceitos docentes

Abstract

Comumente observamos que a indústria cultural através da mídia pulveriza e torna visível uma série de experiências biográficas e modelos organizacionais, nomeados para este estudo de “família margarina”, que contribuem para aprofundar e ampliar os estigmas reforçando estereotipias. Pensando na problematização do conceito de família buscamos compreender como a indústria cultural contribui na formação do conceito de família na visão de alunos do curso de pedagogia como condição de sua futura atuação profissional. Participaram da investigação alunos do primeiro ano de Pedagogia de uma Universidade Pública do Estado do Paraná, através de debates acerca do conceito de família utilizando como estratégias textos, fontes disponíveis na rede mundial de computadores e propagandas televisivas. Concluímos que a visão dos sujeitos da pesquisa aponta para uma visão clássica de família, baseada em características definidoras. É necessário problematizar a realidade das famílias na contemporaneidade no processo formativo destes indivíduos e a complexidade dos fatores que interferem no seu conceito de família, para tanto, ela deve ser compreendida historicamente e analisada em suas especificidades através da adoção de determinados pressupostos pedagógicos.

Substitution Gestation: The Family in the Discussions of the Brazilian Written Media

“…24:53 However, the classic view of family, in largely reinforced by the media culture, has as a consumer audience heteronormative people, a sponsor client, who aspire to a traditional family ideology. 25 When analyzing the written media, there seems to be, on their part, the defense of the substitution gestation, since that, in their statements, they try to highlight the speed and the efficiency in solving the problem of the difficulty to become pregnant. At first, the statements seem to show the difficulties through which the couple must pass before attempting the substitution gestation.…”

“…26 This new family modality reflects the historical changes that have taken place in the society, inspiring new family nuclei, far from those family models considered traditional and standardized. 25 This family stereotype, with children, father and mother, is constantly changing in the composition/organization of family relationships, since that medical health knowledge establishes possibilities for reaching the desired family. Thus, infertile couples emerged within the genetic family universe, forcing us to rethink such a family constitution.…”