Fatores associados à disfagia em pacientes com AVC: uma revisão sistemática

Abstract

Introdução. Alteração no processo de deglutição, designada disfagia, está relacionada ao desenvolvimento de complicações pós Acidente Vascular Cerebral (AVC), tais como desnutrição, desidratação e problemas pulmonares. Objetivo. Verificar os fatores associados à gravidade da disfagia de pacientes com AVC. Método. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pubmed, Scopus, Bireme e Web Of Science. Não houve restrição de localização e idioma, entre 2015 a 2020. Para a seleção dos estudos foi utilizada a combinação baseada no Medical Subject Heading Terms (MeSH). Foram incluídos na pesquisa 3 estudos que obtiveram ≥6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa. Resultados. Os artigos inclusos constataram correlação entre a pontuação do NIHSS e o grau de disfagia, sendo o AVC leve associado à deglutição normal e disfagia leve; enquanto o AVC grave à disfagia grave. Todos os pacientes com pontuação NIHSS≥16 apresentaram algum grau de disfagia orofaríngea e todos os pacientes em risco de aspiração tiveram AVC no território da artéria cerebral média. Lesões combinadas do opérculo frontal e córtex insular resultaram no risco prolongado de aspiração. A disfagia e a aspiração em pacientes pós AVC foi relacionada à disfunção da fase oral. Conclusão: Há evidências de que a integridade funcional dos músculos orais e cervicais representa um fator agravante para os quadros de disfagia após AVC, a aspiração é um aspecto associado a disfagia após o AVC. Contudo, não houve correlação entre a localização hemisférica da lesão do AVC e disfagia.

Deglutição de pacientes críticos e sua associação com características epidemiológicas e clínicas

“…Verificou-se no presente estudo o AVC como doença encefálica adquirida mais frequente, presente em 36 pacientes (28,1%). Sabe-se que o AVC pode resultar em danos ao processo de deglutição, já que o mesmo trata-se de um processo complexo que envolve ambos os hemisférios cerebrais, recruta inúmeros músculos e nervos cranianos, além de exigir uma coordenação voluntária e involuntária 2,7,14 . As funções físicas e cognitivas após o AVC influenciam diretamente na deglutição do indivíduo afetado.…”

“…As funções físicas e cognitivas após o AVC influenciam diretamente na deglutição do indivíduo afetado. Fadiga, diminuição do nível de alerta, incapacidade de manter o alinhamento da cabeça e do tronco, alteração no controle postural e tônus reduzido, problemas de comunicação, dificuldades perceptivas visuais e depressão são fatores que ocasionam os transtornos de deglutição 14,15 .…”

EFEITO DA ADIÇÃO DE AÇAFRÃO-DA-TERRA (Curcuma longa) SOBRE A OCORRÊNCIA DE BOLORES E LEVEDURAS EM QUEIJO COLONIAL

“…Dos Santos 2020, realizou Nestes pacientes, a deficiência do processo biomecânico da deglutição, está relacionada a fraqueza da musculatura perioral, mastigatória e intrínseca da língua. O comprometimento funcional dos músculos orais e cervicais envolvidos com a deglutição está associado a complicações após o AVC como a desnutrição, desidratação, pneumonia aspirativa, desequilíbrio social e a falta do prazer em se alimentar (ROSENDO, 2021).…”

Capacidade de deglutição e gravidade do risco de aspiração laringotraqueal no Acidente Vascular Encefálico atípico em via cerebelar: relato de caso

“…Não foi encontrado consenso na literatura sobre o local da lesão do AVE e disfagia, sua gravidade e risco de aspiração. Uma revisão sistemática que buscou verificar os fatores associados à gravidade da disfagia de pacientes com AVE, demonstrou nos seus resultados que apesar de existir uma correlação entre a pontuação do NIHSS (National Institute of Health Stroke Scale) e a severidade da disfagia, não houve associação entre a localização hemisférica da lesão do AVE e a presença ou severidade da disfagia (6) . Outros estudos relataram baixa incidência e prevalência de casos com disfagia em AVEs puros, os chamados AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), aqueles que atingem somente os hemisférios cerebrais.…”

“…Outros estudos relataram baixa incidência e prevalência de casos com disfagia em AVEs puros, os chamados AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), aqueles que atingem somente os hemisférios cerebrais. Outros estudos, nessa revisão sistemática (6) , atribuíram apenas risco de disfagia aos casos de AVE que atingem o tronco cerebral e cerebelo (6,7) . Já um ensaio clínico, demonstrou que a disfagia era mais grave e com risco de aspiração quando a lesão ocorria no hemisfério direito (7) .…”