Fatores associados à prevalência do aleitamento materno exclusivo ao neonato de baixo peso: revisão integrativa

Abstract

Objetivo: Relatar os fatores associados à prevalência do aleitamento materno exclusivo ao neonato de baixo peso. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, utilizando periódicos nas bases de dados: BVS e Scielo. Primeiro elaborou-se a pergunta norteadora “Quais fatores estão associados à prevalência do aleitamento materno exclusivo ao neonato de baixo peso?”; seguido pela busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e por fim apresentação da revisão integrativa. Foram estabelecidos como critérios de inclusão artigos originais e completos nos últimos cinco anos. Excluindo teses e dissertações, textos incompletos, artigos editoriais, resumos, ou publicações fora do período estabelecido. Resultados e discussão: Foi possível verificar que apesar das diversas estratégias de incentivo a amamentação exclusiva para recém-nascidos de baixo peso, como por exemplo, Banco de Leite Humano, Hospital Amigo da Criança e método canguru, muitos estudos mostram que ainda existe alto percentual de desmame precoce no Brasil, mesmo em neonatos de baixo peso. Alguns fatores associados a isso são a idade materna, volta ao mercado de trabalho pela mãe, parto cesariano, uso de chupetas e outros líquidos antes dos seis meses de idade. Conclusão: O Aleitamento materno exclusivo se mostra fundamental para melhoria das condições de saúde do recém-nascido. Fatores que vão desde o tipo de parto ao incentivo pela equipe de saúde podem contribuir para a manutenção desse aleitamento. Destaca-se a importância de maiores estudos acerca dos métodos efetivos de incentivo e principais motivos que levam ao desmame precoce.

Perfil das doadoras de leite materno de um banco de leite humano de um hospital universitário do sul do Brasil

“…Com relação ao peso de nascimento dos bebês, no presente estudo observou-se baixa frequência de doadoras com filhos nascido com peso abaixo do normal. Tal fato pode ser entendido porque os recém-nascidos com baixo peso ou peso insuficiente ao nascer tem maior necessidade de leite materno para atingir o peso adequado e com isso as mães acabam por não ter leite excedente para ser doado, somado ao fato de que muitas delas tem receio de doar o leite com medo de faltar para seu filho (Pereira et. al., 2020).…”

“…Os médicos devem fortalecer o vínculo com a gestante, uma vez que a consulta pré-natal é momento ideal para realização de orientações sobre aleitamento materno e doação de leite. Na literatura, no que se refere a fonte de informação sobre o serviço prestado pelo BLH, em primeiro lugar aparecem os serviços de saúde e a mídia aparece em segundo lugar como fonte de informação sobre o BLH (Pereira et. al., 2020).…”

“…A recomendação da amamentação materna, para prematuros tem sido defendida com base em suas propriedades imunológicas, contribuição para maturação gastrointestinal e formação do vínculo entre mãe e filho (Brasil, 2015). A literatura salienta, também, que a amamentação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento emocional dos recém-nascidos (RN's), de modo a facilitar mais tarde, o seu relacionamento interpessoal e ainda contribuir para o seu desenvolvimento psicomotor (Pereira et. al., 2020;Salvatori et.…”

“…Na década de 1980 foram criadas e publicadas as primeiras normas técnicas com o objetivo de monitorar a implementação e o funcionamento dos BLH, sustentados por trabalho de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico de forma a otimizar as condições operacionais dos BLH em todo o mundo (Pereira et. al., 2020).…”

Hora de ouro: a importância da promoção do aleitamento materno na primeira hora de vida do recém-nascido

“…Essa interação deve ser aplicada desde os primeiros minutos de vida, necessitando ser respeitado na sua individualidade e necessidade de cada indivíduo (Matos, et al, 2010;OMS, 2009;). O profissional que acompanha a mulher em trabalho de parto tem uma grande influência na assistência prestada na sala de parto e no sucesso da amamentação, uma vez que pode realizar orientações a favor da saúde materna e infantil (Góes et al, 2021;Jung et al, 2020;Pereira, et al, 2020;Souza et al, 2018).…”