Fatores de risco e prevenção primária da hemorragia digestiva alta: revisão integrativa

Abstract

As hemorragias digestivas estão entre as urgências mais frequentes em serviços de saúde brasileiros, com necessidade de hospitalização numa elevada percentagem dos doentes, sendo as hemorragias digestivas altas mais prevalentes que as hemorragias digestivas baixas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir da análise de artigos científicos com buscas baseadas em evidências e a utilização da estratégia do acrônimo PICO. O objetivo é avaliar, através de revisão integrativa, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hemorragia digestiva alta e a formas de profilaxia primária do sangramento. Após cruzamento dos descritores nas bases de dados e filtragem a partir dos critérios de inclusão e de exclusão, 6 estudos foram selecionados para comporem a amostra final. Os estudos reafirmam o que já é evidenciado na literatura, reafirmando como principais fatores de risco para o desenvolvimento da HDA: úlcera péptica, varizes esofágicas, cirrose hepática, uso de medicamentos agressores da mucosa gástrica como os anti-inflamatórios não esteróides, infecção por H. Pylori, sexo masculino, idade avançada, insuficiência renal e estilos de vida não saudáveis. Contudo, tais fatores de risco não são de domínio público no que tange a compreensão do que causam seus desenvolvimentos e quais riscos trazem à saúde. Faz-se necessário por parte dos profissionais em saúde maior dedicação à educação em saúde, principalmente no âmbito da baixa complexidade e atenção primária, promovendo a difusão de conhecimentos que proporcionem alicerce para o autocuidado.

Epidemiological profile of patients hospitalized for upper gastrointestinal hemorrhage in a university hospital in Northwestern Paraná

“…It can be observed that throughout the year, hospitalizations were constant in all months and that the predominant gender was male, as found in several other studies. It has been found that males are more likely to develop ADH (SANTOS et al, 2022). This finding can be explained by the fact that care related to men's health is still incipient and, despite the efforts involving the National Policy itself, men have a more closed posture that influences their health behavior, not seeking health prevention strategies, but only assistance in severe and urgent cases (GARCIA et al, 2019).…”

“…Among the comorbidities presented by the patients, SAH ( 66 -27%) and DM (53 -21.4%) stand out. As with advancing age, older patients tend to present chronic non-communicable pathologies and end up making use of drugs that are harmful to the gastrointestinal tract and the hepatic system, becoming prone to developing lesions in the gastric mucosa with consequent bleeding and liver problems, which, when metabolizing many drugs, also makes them sick and impairs the formation of coagulation factors (SANTOS et al, 2022).…”

“…hemostatic therapies(SANTOS et al, 2022). It was evidenced that in 15% of cases, esophageal varices ligation was performed and this procedure aims precisely to prevent blood flow, retracting the varicose cord, preventing it from bleeding (MARTINS et al, 2019).…”

Perfil Clínico-Epidemiológico E Demográfico De Pacientes Com Hemorragia Digestiva Atendidos Em Um Hospital Público Em Salvador, Bahia

“…Estudos afirmam que os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HDA são: úlcera péptica, esofagite erosiva, varizes esofágicas, cirrose hepática, uso de medicamentos agressores da mucosa gástrica como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), infecção por Helicobacter pylori, sexo masculino, idade avançada, insuficiência renal e estilos de vida não saudáveis, como alcoolismo e tabagismo (WILKINS et al, 2020;SANTOS FILHO et al, 2022).…”

Atualizações na abordagem terapêutica da hemorragia digestiva alta (HDA): uma revisão integrativa

“…As ocorrências por HDA não varicosa estão associadas a mortalidade que varia entre 4% e 10%, enquanto que os casos de origem varicosa apresentam até 30% de mortalidade mesmo com os avanços diagnósticos e terapêuticos na área. Algo que pode estar relacionado com a presença de fatores de risco agressores da mucosa gástrica, como o abuso de antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), a infecção por H. pylori, além de alcoolismo (DOS SANTOS FILHO et al, 2022;FONSECA SOSA et al, 2021).…”