A pandemia do COVID-19 ocorreu entre 30 de janeiro de 2020 a 03 de maio de 2023 e trouxe consigo mudanças significativas na vida de universitários(as), redefinindo a forma como se relacionam e impulsionando o uso das redes sociais durante os períodos de confinamento. Diante deste cenário, a presente pesquisa teve como objetivo geral “conhecer a influência das redes sociais na saúde mental de universitários(as) em tempos de COVID-19, na capital federal brasileira”. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, utilizando a análise de discurso de Bardin. A amostra incluiu 115 estudantes universitários de uma instituição de ensino superior no Distrito Federal, sendo a coleta de dados realizada entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023. Para direcionar o estudo foram identificadas duas categorias relacionadas à saúde mental de universitários(as): "mecanismo de fuga e entretenimento" e "ansiedade nas redes sociais". Durante o período de confinamento, as redes sociais tornaram-se um meio de escape e distração da realidade, proporcionando vantagens como o entretenimento, a manutenção de relações sociais e a facilidade de inserção na sociedade, além de fornecer informações rápidas. Contudo, o uso excessivo dessas plataformas também gerou uma sensação de isolamento social entre os(as) participantes. O intenso uso das redes sociais despertou preocupações e ansiedades entre universitários(as), incluindo a comparação social, o medo de perder informações relevantes e a exposição excessiva a notícias sobre a pandemia, contribuindo para o aumento do estresse. Diante dos resultados obtidos, fica evidente a necessidade de compreender e abordar os impactos das redes sociais na saúde mental dos universitários(as) durante períodos de crise.