Fatores que interferem na adesão ao tratamento farmacológico em idosos hipertensos

Abstract

Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica está diretamente ligada às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvos, aumentando assim o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Nesse contexto, a qualidade de vida dos idosos hipertensos é diretamente afetada pela ausência de conhecimento e conscientização da população sobre a doença e a importância da adesão do tratamento medicamentoso. Objetivo: Identificar na literatura os fatores que influenciam os idosos com hipertensão arterial a não aderir ao tratamento medicamentoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no período de fevereiro a abril de 2020 nas seguintes bases de dados: Base de Dados de Enfermagem, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e Scientific Electronic Library Online. Utilizou os descritores idosos, hipertensão e adesão à medicação. Resultados: A literatura demonstrou que vários fatores podem contribuir para a adesão ou não ao tratamento da hipertensão arterial, destacando-se entre eles os relativos à doença, ao tratamento, ao paciente, aos aspectos psicossociais, às crenças, aos hábitos de vida, à instituição e ao relacionamento com a equipe de saúde. Conclusão: Os achados da pesquisa reforçam a importância da implementação de estratégias que visam contribuir para o desenvolvimento de atitudes que colaborem com boas práticas de adesão ao tratamento farmacológico dos idosos hipertensos.

Adesão ao tratamento com anti-hipertensivos em pacientes idosos atendidos no Centro Municipal de Saúde de Três Barras do Paraná-PR

“…E 86,7% (n=26) declararam não receber ajuda para tomar o medicamento, mas, sabia qual era a indicação dele. Diferentemente deste estudo, no trabalho de Fröhlich et al (2010), os resultados indicaram que a maioria dos idosos reconheceram os medicamentos primeiramente pelo nome da medicação, dose, duração do tratamento, como utilizar e horário de administração (Cardoso et al, 2021). Além da hipertensão os pacientes relataram ter outras patologias conforme Tabela 1.…”

Perfil do uso e manuseio de anti-hipertensivos em indivíduos acima de 60 anos

“…Muitos fatores causam a não adesão farmacológica dos pacientes, como preocupações relacionadas ao custo do tratamento; esquecimento dos horários de utilização, muitas vezes por serem doses múltiplas; baixo nível intelectual; falta de sintomas; e eventos adversos ou dificuldade para conseguir vagas de consulta médica. Pacientes que possuem uma rede de apoio de familiares e amigos são mais propensos a realizar o tratamento de forma mais correta e quanto maior o nível de adesão ao tratamento menos despesas médicas são apresentadas pelos pacientes (Cardoso et al, 2021). Cerca de 55% dos pacientes idosos não aderem ao tratamento farmacológico com anti-hipertensivos por fatores como comorbidade, idade, baixo nível socioeconômico, limitações físicas, entre outros.…”

Importância do enfermeiro para boa adesão terapêutica de pacientes hipertensos na atenção básica

“…Além disso, também corresponde a não adoção de um estilo de vida saudável, mantendo o consumo de álcool e outras drogas, bem como alimentação inadequada que favoreça a elevação pressórica (Ramos et al, 2021). A adesão envolve fatores físicos, psicossociais e comportamentais, que requer corresponsabilidade entre o paciente e os profissionais que prestam assistência (Cardoso et al, 2021).…”

“…A má adesão ao tratamento configura-se como uma barreira para o controle pressórico e favorece a ocorrência de complicações cardiovasculares (Silva et al, 2021). Cardoso et al (2021) afirma que a não adesão ao tratamento pode gerar danos indesejáveis como acidente vascular encefálico, insuficiência renal e até mesmo morte súbita.…”

“…A má adesão ao tratamento da HAS se apresenta como um desafio a esses profissionais, que possuem um maior contato com a população, exigindo uma atuação eficaz e eficiente para reverter esse quadro e promover hábitos saudáveis (Cardoso et al, 2021).…”