“…Sabe-se que a gravidez de alto risco se associa a causas de morbimortalidade materna e perinatal, além de um aumento nos gastos para o setor da saúde, pela necessidade de atendimento especializado, custos com procedimentos e internamentos hospitalares (Lawn et al, 2016;Martins & Silva, 2018;Moura, Alencar, Silva, & Almeida, 2018). Além disso, a gestação de alto risco é associada a uma multiplicidade de sentimentos negativos como ansiedade, medo, culpa, insegurança, dificuldades de aceitação, o que provoca vulnerabilidade e instabilidade emocional (Cabral et al, 2018;Wilhelm et al, 2015;Oliveira & Mandú, 2015). No contexto da gravidez de alto risco, a hospitalização é um procedimento necessário para vigilância e acompanhamento da gestação, o que intensifica e particulariza a experiência das gestantes, uma vez que são afastadas do seu convívio doméstico e da sua rotina, inseridas num ambiente novo, passando a conviver com outras gestantes e profissionais de saúde, com avaliações diárias por uma equipa multiprofissional, fármacos, exames e procedimentos, que resultam em stress adicional e necessidades de adaptação (Costa et al, 2019;Piveta, Bernardy, & Sodré, 2016).…”