Resumo A historiografia sobre o século XVIII português tem visto os súditos da coroa portuguesa nascidos no Brasil com crescente interesse, dada sua intensa participação em diversos aspectos da administração do Império, particularmente na investigação científica feita através de viagens naturalistas, na participação em espaços de sociabilidade científica, como a Universidade de Coimbra, a Academia das Ciências, o Colégio dos Nobres e outras, e da inclusão de Portugal na República das Letras, através da publicação de textos próprios - em literatura, ciência, filosofia e religião - ou da tradução para o português de parte da abundante produção de cunho iluminista publicada em francês e em outras línguas europeias. Este texto busca explorar as potenciais “visões de si” que este grupo heterogêneo construiu, em textos e paratextos editoriais próprios, em torno da monarquia, nação, ciência e “luzes”.