Alguns parasitos são comuns em cães e gatos e provocam zoonoses pelo contato direto ou indireto com as fezes, como fungos, helmintos e protozoários. Este trabalho teve como objetivo identificar parasitos entéricos em amostras fecais de gatos (Felis catus) recolhidas no Campus da Universidade Federal de Rondônia, em Porto Velho para averiguar a possível exposição a zoonoses endêmicas para controle epidêmico. Partindo de estudo experimental com abordagem quantiqualitativa, doze amostras foram coletadas em junho de 2021 e maio de 2022 dispersas no Campus, preservadas em formol e encaminhadas para o laboratório de Histoanálise/UNIR. As análises parasitárias de fezes foram realizadas a partir dos métodos de Hoffman e Willis. Ao analisar as amostras em microscopia óptica, foi possível identificar, morfologicamente, helmintos como Trichuris trichiura, Opisthorchis spp., Ancylostomidae, Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, Toxocara cati e Hymenolepis sp., larvas rabditóides e filarióides de S. stercoralis, e protozoários como Toxoplasma gondii, Balantidium coli e ácaro Sarcoptes spp. Foi observado S. stercoralis com maior incidência seguido do Ancylostoma sp. e o de maior potencial zoonótico o T. gondii. Os dados mostram uma incidência alta de parasitos nas fezes desses felinos, podendo infectar não somente os acadêmicos como também os animais das mais diversas espécies que habitam o ecossistema rural da Universidade. Dessa forma, são necessárias medidas urgentes para o combate ao abandono desses animais no Campus e como serão tratados para o controle das parasitoses gastrointestinais.