Embora o feminismo venha sendo estudado sob a perspectiva analítico-comportamental, o conceito de “patriarcado”, fundamental na abordagem feminista, ainda não foi explorado sob essa perspectiva. O presente artigo se propôs a dar início ao preenchimento dessa lacuna partindo dos principais conceitos utilizados no estudo sociológico do patriarcado, entendido aqui como um conjunto de regras e contingências sociais que dá aos homens maior domínio sobre os reforçadores/punidores a serem liberados socialmente (maior poder), com relevantes prejuízos para as mulheres. As relações de opressão/exploração das mulheres, bem como o vetor da violência que indica a alta frequência de feminicídio e estupros femininos, são algumas das consequências consideradas como função desse desequilíbrio de poder entre os gêneros. Contingências envolvendo reforçamento, punição, controle por regras, discriminação, escolha, contingências concorrentes, equivalência de estímulos, são consideradas frente a exemplos concretos da supremacia masculina. No seu todo, sugere-se a importância de se considerar a estreita relação entre patriarcado-racismo-capitalismo no estabelecimento /manutenção da ideologia patriarcal. Algumas condições que aumentam as chances de contracontrole pelas mulheres são sugeridas como forma de se promover um convívio social mais justo e igualitário entre os gêneros.Palavras-chave: patriarcado, feminismo, análise do comportamento, poder, exploração.