Como produzir outros modos de contágios e reverberações nas nossas invenções de vida? Como filosofar para além dos modos onto-epistemologicamente centrados no método científico e na filosofia eurocêntrica (colonial, racista, patriarcal, moderna)? Que educações matemáticas nos são possíveis produzir numa relacionalidade com perspectivismos ameríndios? Quais outros modos, corpos e afetos são possíveis em educações matemáticas que canibalizam a própria antropologia? Neste ensaio, acontecemos em um movimento de habitar o perspectivismo ameríndio (apontado por Eduardo Viveiros de Castro) e afetar e ser afetados em invenções com corpos, coletividades num processo de equivocação. Nossas discussões problematizam certas narrativas e lógicas de educações matemáticas que se instituem cotidianamente desde escolas da Educação Básica a cursos de Pós-Graduação em Universidades. Somos provocados a olharmos para um espelho que nos devolve uma imagem na qual não nos reconhecemos e, assim, provocados a novas invenções de educações matemáticas em movimentos de contágios e reverberações. O canibalismo Tupi é trazido para pensar meios e relacionalidades possíveis para acessar este espelho que é o outro.