Este trabalho procura ler El olvido que seremos, de Héctor Abad Faciolince, a partir da articulação de três eixos teóricos principais: a autobiografia, o luto e os relatos de filiação. Com relação ao problema da autobiografia, a leitura aproxima-se de Paul de Man (1991) e Jacques Derrida (2009), que tocam diretamente na relação entre autobiografia e morte, o que leva à questão do luto, lida junto à Freud (2011) e Allouch (2004). A hipótese de leitura é que o romance precisa acrescentar um terceiro elemento à essa discussão: os relatos de filiação (Demanze, 2012; Premat, 2016).