No presente trabalho nosso objetivo foi investigar as zonas do perfil conceitual de equilíbrio químico de um grupo de licenciandos em Química e suas possíveis relações com o processo de formação desses futuros professores, de modo a construir reflexões importantes para (re)pensarmos o processo de aprendizagem e compreensão do conceito na formação inicial. Para isso, por meio do uso de entrevista semiestruturada, categorizamos as manifestações dos discentes em categorias de equilíbrio químico constituintes de quatro zonas diferentes de equilíbrio (zona intuitiva, estática, cinética e energética), segundo a literatura. Da análise dos dados obtidos, observamos que as zonas mais desenvolvidas sobre equilíbrio químico dos licenciandos investigados estão associadas as ideias mais simplistas e menos complexas. Isso pode ser consequência, dentre outros fatores: da falta de problematização e consideração dos modos de pensar e explicar o equilíbrio durante a formação inicial, da não articulação e discussões qualitativas envolvendo os três níveis representacionais da química e da falta de consciência das diferenças ontológicas, axiológicas e epistemológicas de pensar e falar sobre o equilíbrio químico, que devem ser aplicadas em determinados contextos.