Introdução: As fissuras labiopalatais são caracterizadas como más formações congênitas que podem ocorrer na região óssea ou mucosa da abóboda palatina e no lábio superior, sendo considerado o defeito craniofacial mais comum na espécie humana. Tais alterações podem repercutir no processo do correto desenvolvimento da dentição. Objetivo: O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente a literatura publicações relacionado ao protocolo de atendimento do cirurgião-dentista frente a pacientes com fissura labiopalatal. Materiais e métodos: Foram revisados artigos publicados até março de 2018, nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola, obtidos por meio de buscas nas bases eletrônicas Pubmed, Lilacs, Bireme, Scielo, Scopus e busca manual nas referências dos artigos encontrados. Resultados: Após exclusão foram obtidos quatro artigos, os quais foram lidos na íntegra e que resultaram em um protocolo de atendimento dividido de acordo com as fases de dentição, com ênfase na prevenção. O protocolo foi separado em: fase do nascimento até a dentição mista, dentição mista e dentição permanente. Conclusões: Em relação aos achados, fica evidente a importância da prevenção durante todas as fases, tendo em vista a manutenção do perímetro da arcada para posterior tratamento ortodôntico, e acompanhamento periódico para manter a integridade dos dentes permanentes. Em decorrência da necessidade de procedimentos preventivos a esses pacientes, o cirurgião-dentista deve estar apto a realizar o atendimento tendo como base um protocolo para efetuar o manejo correto conforme a faixa etária e o período de dentição em que o paciente se encontra. Em virtude da ausência de preparo dos profissionais da odontologia na abordagem de pacientes fissurados, torna-se imprescindível o aprimoramento do conhecimento acerca das necessidades especiais que estes pacientes apresentam, bem como a criação de vínculo afetivo com o paciente e a família visando um tratamento preciso e humanizado.