Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar, com base na data de concepção, se existe uma influência da sazonalidade com o aumento do risco de desenvolvimento de fendas orofaciais, relacionando-o com o gênero. Metodologia: Estudo documental retrospectivo conduzido através da compilação de dados secundários de pacientes atendidos entre os anos de 2013 e 2019, em um centro de referência. Só foram incluídos pacientes com fissura labial e/ou palatina isolada. O teste X² de aderência e o teste X² de independência seguido, quando necessário, do pós-teste dos resíduos ajustados, foram utilizados para analisar a diferença estatística e a associação entre as variáveis. Os grupos foram ordenados considerando o gênero e a sazonalidade, divididos de acordo com as estações do ano: outono, inverno, primavera e verão. Resultados: 181 pacientes preencheram o critério de inclusão. A idade gestacional média foi de 38,4 semanas. A história familiar foi negativa em 114 (63%) casos. Do total, 51 concepções (28,18%) ocorreram na Primavera, 46 (25,41%) no Inverno, 42 (23,20%) no Outono, e 42 (23,20%) no Verão. Não houve diferença significativa na incidência de fissuras orofaciais entre as 4 estações do ano, nem quando se relacionou a distribuição sazonal com o gênero. Conclusão: Não foi encontrada qualquer associação da sazonalidade com o desenvolvimento de fissuras orofaciais, considerando a data de concepção. Não foi encontrada diferença significativa ao relacionar a distribuição sazonal com o gênero.