Fitorreguladores e luminosidade na indução à calogênese em explantes foliares de <i>Eugenia involucrata</i> DC.

Abstract

Eugenia involucrata é uma espécie florestal nativa do Brasil com grande potencial para uso madeireiro, frutícola e medicinal. O presente estudo objetivou avaliar a influência de fitorreguladores e da luminosidade sobre a calogênese em discos foliares de Eugenia involucrata. Foi conduzido um experimento bifatorial (2x5), cujos tratamentos consistiram na combinação da ausência ou presença de luz durante o cultivo e de cinco diferentes empregos de fitorreguladores: ANA, 2,4-D, BAP e as combinações ANA + BAP e 2,4-D + BAP, todos a 5 μM, em meio nutritivo MS. Após 45 dias de cultivo in vitro foi observado que a ausência de luz durante o período de cultivo reduz a oxidação fenólica favorecendo, assim, a calogênese , especialmente na presença de ANA e das combinações ANA + BAP e 2,4-D + BAP. O uso de 2,4-D e de BAP, isoladamente, não é favorável à calogênese em discos foliares de Eugenia involucrata.

Cultivo >i<in vitro>/i< de cerejeira-do-Rio-Grande (>i<Eugenia involucrata>/i< DC.) e de cambucizeiro (>i<Campomanesia phaea>/i< (O. Berg) Landrum)

“…Para a cerejeira-do-Rio-Grande, estudos têm sido realizados a fim de avaliar diferentes aspectos do processo de cultivo in vitro da espécie, como, por exemplo, o efeito do tipo de luz sobre o cultivo de explantes nodais ; os tipos de explantes utilizados e os diferentes meios de cultura (GOLLE et al, 2012); as diferentes combinações dos reguladores ácido naftalenoacético (ANA) e thidiazuron (TDZ) no cultivo de explantes nodais ) e a indução de calogênese em explantes foliares REINIGER, 2013;GOLLE et al, 2020). Já para o cambucizeiro, há apenas um único trabalho descrito na literatura, descrevendo o processo de multiplicação in vitro da espécie a partir de explantes advindos de plântulas germinadas in vitro (DEMÉTRIO et al, 2021).…”

“…possui ocorrência no Brasil desde o estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. A cerejeira-do-Rio-Grande apresenta potencial de exploração por apresentar madeira de alta qualidade, frutos para consumo in natura e para o processamento industrial, diversificando a produção de frutas no Brasil, além de apresentar potencial medicinal, por suas propriedades anti-inflamatórias, antialérgicas e antioxidantes (CRIPA et al, 2014;GOLLE et al, 2020).…”