Processos evolutivos, bióticos e abióticos agem como filtros na composição e estrutura das comunidades vegetais. O objetivo desse estudo foi investigar a fitossociologia e a influência das variáveis edáficas na composição e estrutura da vegetação arbórea em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, no Parque Estadual do Biribiri, MG. Para isso, foram alocadas 25 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), distribuídas de forma sistemática. Os indivíduos vivos com diâmetro altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm foram mensurados e identificados e, dentro de cada parcela, foram coletadas variáveis edáficas. Foram calculados os estimadores fitossociológicos e correlações de Pearson para identificar as possíveis relações com a distribuição e estrutura da vegetação. Foram amostrados 1275 indivíduos, distribuídos em 131 espécies e 43 famílias botânicas. A comunidade arbórea apresentou índice de diversidade de Shannon (H’) de 4,1 nats.ind-1 e a equabilidade de 0,85 (J). A estrutura é formada por indivíduos de diâmetro pequeno e baixa área basal, a maioria dos indivíduos se encontra nas primeiras classes diamétricas. As variáveis utilizadas demostraram baixa relação com a distribuição e estrutura da vegetação. A grande proporção não explicada indica que eventos estocásticos e distúrbios antrópicos possivelmente atuam na estruturação dessa comunidade.