2006
DOI: 10.1590/s0102-33062006000100005
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Florística e fitogeografia da vegetação arbustiva subcaducifólia da Chapada de São José, Buíque, PE, Brasil

Abstract: RESUMO -(Florística e fitogeografia da vegetação arbustiva subcaducifólia da Chapada de São José, Buíque, PE, Brasil). Foi realizado o levantamento da flora angiospérmica de um trecho de vegetação arbustiva subcaducifólia na Chapada de São José, Buíque, Pernambuco, com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a flora daquela chapada, bem como compreender suas relações florísticas com outros conjuntos vegetacionais do Nordeste, especialmente no semi-árido. A flora angiospérmica foi composta por 192 táxons, … Show more

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“…Estes números representam uma riqueza de espécies muito superior aos levantamentos florísticos em outras áreas de caatinga do Nordeste, tanto os realizados em substrato derivado do embasamento cristalino (Costa et al 2007;Roque et al 2009;Lima 2012;Silva et al 2013) quanto àqueles em substrato arenoso derivado da bacia sedimentar (Araújo et al 1998;Rocha et al 2004;Gomes et al 2006;Mendes & Castro 2010;Lima 2012). A riqueza média observada em estudos florísticos de vegetação de caatinga é de 106 espécies (variando de 21 a 250 espécies; Moro et al 2015) (Tab.…”
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“…Estes números representam uma riqueza de espécies muito superior aos levantamentos florísticos em outras áreas de caatinga do Nordeste, tanto os realizados em substrato derivado do embasamento cristalino (Costa et al 2007;Roque et al 2009;Lima 2012;Silva et al 2013) quanto àqueles em substrato arenoso derivado da bacia sedimentar (Araújo et al 1998;Rocha et al 2004;Gomes et al 2006;Mendes & Castro 2010;Lima 2012). A riqueza média observada em estudos florísticos de vegetação de caatinga é de 106 espécies (variando de 21 a 250 espécies; Moro et al 2015) (Tab.…”
Section: Discussionunclassified
“…A hipótese de duas biotas distintas relacionadas ao substrato compondo as caatingas foi indicada principalmente a partir de estudos sobre a repartição da flora (Gomes et al 2006), especialmente, do componente lenhoso (Araújo et al, 2005;Santos et al 2012), e confirmada por padrões biogeográficos de Leguminosae em diferentes escalas (Queiroz 2006;Cardoso & Queiroz 2007) e pela distribuição e diversificação do gênero Croton (Euphorbiaceae; Carneiro-Torres 2009). Embora estas sejam as famílias mais diversas e abundantes na caatinga , ainda seria necessário um estudo fitogeográfico mais amplo.…”
Section: Introductionunclassified
“…et al (1983) e Peixoto & Gentry (1990 Myrtaceae tem grande importância florística em toda costa brasileira, devido à elevada riqueza de espécies. No caso do semi-árido, vale a pena apontar a riqueza desse táxon em tipos vegetacionais instalados sobre áreas sedimentares, quer florestas montanas (Rodal & Nascimento 2002) ou tipos vegetacionais não florestais como o carrasco e outros tipos vegetacionais presentes nessas áreas sedimentares (Oliveira et al 1997, Araújo & Martins 1999, Lemos & Rodal 2002, Gomes et al 2006), e em florestas montanas do cristalino (Tavares et al 2000, Rodal et al 2005. Todavia, na caatinga propriamente dita, essa família tem sido registrada apenas nas áreas que apresentam maior umidade como a região do agreste (Pereira et al 2002, Alcoforado-Filho et al 2003, Lourenço & Barbosa 2003) ou próximas a chapadas (Tavares et al 1969).…”
Section: Discussionunclassified
“…No semiárido nordestino a variação climática, do solo e os tipos de relevo, formam paisagens, como os vales úmidos, as chapadas sedimentares e as amplas superfícies pediplainadas que condicionam a estrutura e a diversidade da vegetação (Santana & Souto, 2006;Trovão et al, 2007), de forma que formações caducifólias e espinhosas se estabeleceram na depressão e formações florestais ocuparam as serras e chapadas (Gomes et al, 2006), mas a evidência da alteração antró-pica em fragmentos de caatinga, por meio de históricos e em diferentes escalas e processos, levanta a questão do quanto é difícil identificar a vegetação potencial (Brzeziecki et al, 1993).…”
Section: Introductionunclassified