Introdução: O coronavírus é uma doença infecciosa, que em sua apresentação clássica, causa uma infecção viral seguida de inflamação pulmonar e sistêmica, sendo observado em alguns pacientes além dos sintomas respiratórios, manifestações cutâneas. A gravidade e complexidade dos pacientes, determinaram também lesões por pressão (LP) inevitáveis, sendo relevante diagnóstico diferencial das lesões secundárias à COVID-19, especialmente livedóide e purpúrica. Objetivo: identificar as manifestações cutâneas encontradas nos registros de prontuários dos pacientes com COVID-19; descrever perfil dos pacientes acometidos por manifestações cutâneas relacionadas à COVID- 19; determinar taxa de incidência dessas lesões de pele na população analisada e descrever os principais cuidados preventivos para prevenção de lesões de pele. Método: estudo documental, retrospectivo, quantitativo, ocorrido entre os meses de setembro de 2021 e novembro de 2022 em um hospital universitário do Rio de Janeiro. Resultados: 596 pacientes analisados, sendo 98 deles com 155 lesões de pele diagnosticadas: 15 secundárias à COVID-19 - 09 (5,80%) livedóides, 03 (1,93%) cianoses e 03 (1,93%) lesões purpúricas, além de 111 (71,61%) LP e 29 (18,70%) lesões mistas. As LP apresentaram uma incidência de 18,62%, seguidas de lesões mistas, com taxa de 4,86% e lesões secundárias à COVID-19 com 2,51%. Conclusão: Lesões relacionadas à COVID-19 foram menos incidentes que as LP, confirmando a inevitabilidade referida pelo NPIAP. Diante disso, mais estudos epidemiológicos são necessários. Sobre os cuidados com a pele, medidas básicas de manutenção da sua integridade devem respeitar as boas práticas de higiene e hidratação.