Objetivou-se com esta revisão realizar uma discussão sobre as exigências proteicas para bovinos de corte em condições brasileiras. Atualmente os nutricionistas brasileiros faz uso de dados e programas de formulação de rações de instituições estrangeiras, demonstrando uma carência de pesquisas nessa área no país. O estudo das exigências proteicas para bovinos de corte é importante, pois o suprimento de quantidades adequadas de proteina degradável no rumen (PDR) e proteina não degradável no rumen (PNDR) é necessário para promover o ótimo crescimento da microbiota ruminal e para ter um perfil adequado de proteína metabolizável, que supra as exigências dos animais para mantença e ganho de peso que não foi atingido pela proteína de origem microbiana. Quando são utilizadas proporções altas de PDR para animais jovens, abaixo de 350 kg de PV, o seu desempenho torna-se limitado pela falta de um perfil adequado de proteina metabolizável (PM). É possível substituir a proteina verdadeira pelo nitrogênio não protéico (NNP) em dietas para bovinos de corte acima de 350 kg PV, pois a partir desse peso a velocidade de crescimento dos animais diminui e somente os microrganismos ruminais são capazes de suprir as necessidades de PM pela conversão do NNP em proteína microbiana de alto valor biológico. Sabendo disso, pode-se optar por fontes de PDR mais baratas e que vão proporcionar desempenhos satisfatórios, além de diminuição dos custos de produção.