No cenário de mudança climática e crise socioambiental generalizada emerge a necessidade de outro modo do existir humano na terra. O artigo procura contribuir com a discussão da Bioeconomia, apontando práticas e interações produtivas, de natureza socioambiental, que valorizam as comunidades locais, camponesas, indígenas e quilombolas, entre outras, em suas singularidades e contingências, nos modos de produção e práxis econômica. Apresenta a bioeconomia, a sociobiodiversidade, a economia solidária e a agroecologia como temas entrelaçados com o Bem Viver, para viabilizar a bioeconomia, valorizando as populações locais. Para manter as funções ecossistêmicas das áreas naturais e a dignidade dos povos, o Bem Viver e o uso sustentável dos recursos naturais e culturais, é necessária a Bioeconomia. Passando de uma visão circular da economia para uma visão metabólica da mesma, entendemos que qualquer economia que se pratique na terra, necessariamente é uma bioeconomia.