Objetivos: Descrever as características sociodemográficas e de saúde dos longevos, identificar a ocorrência da redução da força de preensão manual dos longevos e verificar os fatores associados à redução da força de preensão manual dos longevos. Métodos: Estudo transversal e analítico, com abordagem quantitativa, desenvolvido com 313 idosos longevos da comunidade de uma Macrorregião de Saúde do Estado de Minas Gerais. Na coleta dos dados aplicaram-se: Miniexame do Estado Mental; Questionário estruturado elaborado pelo Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva; Questionário Internacional de Atividade Física; versão brasileira do Short Physical Performance Battery; Teste de força de preensão manual; Índice de massa corporal e questão referente à ocorrência de queda. Procederam-se às análises: descritiva, teste Qui-quadrado e regressão logística múltipla (p<0,05). Resultados: Houve predomínio de longevos do sexo feminino (64,2%); com 80-90 anos de idade (86,6%); 1-5 anos de estudo (53,0%); renda ≤1 salário mínimo (55,3%); viúvos (63,3%); que moravam acompanhados (75,7%); inativos fisicamente (51,4%); com desempenho físico moderado/bom (55,9%); sem ocorrência de quedas nos últimos 12 meses (68,4%); eutróficos (39,9%) e com cinco ou mais morbidades (62,9%). A maioria dos longevos (60,4%) apresentou redução da força de preensão manual que se associou à ocorrência de quedas nos últimos 12 meses (p=0,042) e à inatividade física (p<0,001). Conclusão: A redução na força de preensão manual dos idosos longevos foi relacionada à ocorrência de quedas e inatividade física, tais fatores contribuem para planejamento do cuidado gerontológico na prática clínica.