Fraturas ósseas pediátricas são um problema de saúde pública. Logo, é crucial entender suas características epidemiológicas, os fatores de risco para sua ocorrência e o que influencia em sua incidência, incluindo a pandemia de COVID-19. Este estudo revisou artigos publicados entre março de 2017 e março de 2022 nas bases de dados PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde, Scopus e Web of Science e os selecionou com base em critérios de elegibilidade e exclusão pré-estabelecidos. Os resultados mostraram incidências variadas de fraturas, que aumentaram progressivamente com a idade e relacionaram-se a acidentes de trânsito e domésticos, violência, esportes, abuso infantil e adversidades de nascimento. Evidenciou-se que as fraturas são mais comuns em meninos e nos membros superiores. Fatores de risco incluem complicações de parto, uso de álcool e tabaco na gestação, carência de vitamina D e histórico familiar de fraturas. Durante a pandemia, houve redução nas taxas de fratura e na idade de apresentação, com aumento de lesões em ambiente doméstico. Com isso, observa-se que os resultados traçam a epidemiologia global das fraturas pediátricas, além da influência dos diferentes contextos e fatores de risco, presentes desde o período pré-natal, de modo que seria favorável aliar intervenções no âmbito familiar e dos serviços de saúde para sua prevenção.