Resumo Objetivo identificar quais os marcadores de fragilidade física predizem os sintomas depressivos (SD) em pessoas idosas assistidas na Atenção Primária à Saúde. Método estudo quantitativo de corte transversal e correlacional desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde em Curitiba, (PR), Brasil, com amostra de 389 pessoas idosas. Coletaram-se os dados de janeiro a outubro de 2019, por meio de questionário sociodemográfico e clínico, escala de depressão (Center for Epidemiological Studies) e testes que compõem o fenótipo da fragilidade física. Para as análises, utilizou-se estatística descritiva, inferencial (qui-quadrado de Pearson), nível de significância de p≤0,05), e regressão logística reportado a estimativa, valor p (teste de Wald). Razão de Prevalência com intervalo de confiança 95%. Resultados das 389 pessoas idosas, 103 (26,5%) apresentaram SD; entre eles 63 (61,2%) eram pré-frágeis, 19 (18,4%) frágeis e 21 (20,4%) não frágeis. Associaram-se aos SD os marcadores fadiga/exaustão (p≤0,001), redução do nível de atividade física (p≤0,001), perda de peso não intencional (p=0,003) e a condição de pré-fragilidade e fragilidade (p≤0,001). O modelo preditivo para os SD incluiu os marcadores fadiga/exaustão (RP: 5,12; IC95%; 3,81-6,87; p<0,0001) e redução do nível de atividade física (RP: 2,16, IC95%; 1,45- 3,22; p<0,0001). Conclusão os marcadores do fenótipo fadiga/exaustão e redução da atividade física são preditores dos SD em pessoas idosas. Esse resultado ressalta a importância e a necessidade da avaliação desses marcadores e da efetividade de ações para o combate ao sedentarismo em pessoas idosas da atenção primária à saúde.