Objetivo: analisar os níveis de intensidade das parcerias intersetoriais e a forma como elas podem auxiliar na construção de um ecossistema de inovação social mais efetivo para o empreendedor social.Método: três casos de organizações sociais e de suas parcerias, no contexto brasileiro, foram investigados. Os dados foram coletados por meio de 25 entrevistas com os parceiros desses projetos, e em 78 documentos. A análise dos dados foi desenvolvida por meio da técnica de análise qualitativa de conteúdo.Originalidade/Relevância: este estudo contribui para o esclarecimento da lacuna de pesquisa, existente na área de ecossistema de inovação social, principalmente no que se refere à dinâmica de relacionamento entre os atores que o compõem. Além disso, este estudo fornece alguns insights no campo prático, uma vez que o desenvolvimento de ecossistemas de inovação social pode fomentar a ação do empreendedor social.Resultados: o estudo apontou que os principais atores envolvidos nas ações colaborativas, como empresas e empreendedores sociais, ONGs, empresas privadas, fundos de investimento de impacto e universidades constitui um dos elementos de maior importância para a efetividade do ecossistema de inovação social. Foi constatada, também, a existência de níveis de colaboração entre os casos investigados, sendo parcerias de primeiro a terceiro níveis, e parcerias de nível institucional (agentes intermediários).Contribuições teóricas/metodológicas: primeiramente, este estudo sugere um conceito para o ecossistema de inovação social, visto que a literatura ainda é incipiente no assunto. Além disso, ao abordar a dinâmica em níveis, pela qual os atores do ecossistema de inovação social interagem, por meio de parcerias intersetoriais.