“…No entanto, é válido destacar que a psicose nunca foi deixada de lado, já que o autor, desde seus estudos prépsicanalíticos, elucidava sobre este fenômeno a fim de trabalhar seus enigmas e conseguir avançar com a sua teoria. Na tentativa de realizar um trabalho clínico com esses sujeitos a partir da clínica da neurose, ele encontra uma série de desafios, pois a transferência, que é fundamental no tratamento analítico, não se estabelecia com sujeitos psicóticos, ou se estabelecia em forma de transferência negativa (BOCCHI, MENENDEZ & OLIVEIRA, 2011). Freud ( /1996) chega a contraindicar o tratamento psicanalítico para esses casos: "as psicoses (...) são impróprias para a psicanálise, ao menos tal como tem sido praticada até o momento".…”