O presente artigo tem como objetivo compreender a relação entre o afeto e a cognição de forma geral. Além disso, visa investigar as consequências do conceito winnicottiano de "mãe suficientemente boa" na relação entre educador e criança na educação infantil, bem como sua influência no desenvolvimento integral da criança nessa fase. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando como referencial teórico os estudos de Piaget, Vygotsky, Wallon, Freud, Neurociências e Winnicott. Os resultados constataram que o afeto e a cognição são indissociáveis e estão constantemente interligados. Além disso, tornou-se possível perceber que, na teoria winnicottiana, o(a) professor(a) assume um papel de grande relevância para a criança no período da educação infantil. Nessa direção, assim como a criança demandou inicialmente da mãe, é necessário que a escola também proporcione um ambiente seguro, protetor e confiável. Portanto, pode-se considerar que o(a) “professor(a) suficientemente bom/boa" é aquele/aquela que realiza o handling, o holding e a apresentação de objetos, assim como a mãe, mas de forma adaptada ao contexto escolar. A conclusão do estudo destaca que o educador da educação infantil pode desempenhar o papel de "mãe suficientemente boa", contribuindo para o desenvolvimento saudável da criança. Ressalta a importância da compreensão desse tema na formação docente, visando suas futuras práticas pedagógicas.