“…Isto levou-nos a procurar uma metodologia para a educação mediática, que não se limita à literacia funcional, mas também é capaz de promover práticas e discursos específicos ao contexto sociocultural dos jovens (Cortesi & Gasser 2015;Itō, 2010;Jenkins, Itō & boyd, 2015), o que nos traz de volta à psicologia cultural e à tradição dos modelos de aprendizagem cognitiva, como os de Lev Vygotsky. Nesta linha, autores como Lave e Wenger (1991) propuseram um modelo que parte da participação periférica e acaba por desenvolver uma participação plena no contexto sociocultural, ou seja, aprendizagem situada. Para Claudio Magalhães (2018), o modelo de Vygotsky explica que o mecanismo pelo qual a interação social facilita o desenvolvimento cognitivo se assemelha a uma situação de aprendizagem, na qual um principiante trabalha de perto com um especialista na resolução conjunta de um problema no âmbito do desenvolvimento proximal.…”