2015
DOI: 10.4000/rccs.5876
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Galo amanheceu em Lourenço Marques: O 7 de Setembro e o verso da descolonização de Moçambique

Abstract: Este artigo analisa e descreve a emergência de um grupo de resistência africana durante a insurreição colona do 7 de Setembro de 1974 em Lourenço Marques. O artigo examina a trajectória das elites africanas urbanas que lideraram o grupo de resistência (conhecido como grupo Galo), e o desenvolvimento de um imaginário político marcadamente moderado, fruto das circunstâncias específicas do meio urbano onde sempre operaram. O seu papel foi determinante na protecção das populações africanas contra o terrorismo dos … Show more

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“…mud and soil mixed with water – continued to be considered as problematic in the emerging sanitary discourse. Water ‘poisoned with the foreign matter’ was thought to be conducive to the development of microbes (Barreiros, 1897; Pacheco, 1947).…”
Section: Sanitation Power and Differencementioning
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“…mud and soil mixed with water – continued to be considered as problematic in the emerging sanitary discourse. Water ‘poisoned with the foreign matter’ was thought to be conducive to the development of microbes (Barreiros, 1897; Pacheco, 1947).…”
Section: Sanitation Power and Differencementioning
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“…Attitudes towards health, as well as practices around cleanliness of the body and the home became further entrenched as markers of racial distinction. Of course, colonial rulers were at the top of the hierarchy: their sanitary behaviours marked them as both European and civilized; ‘the degree of civilization of a nation is measured by the perfection of its hygiene’ (Pacheco, 1947) remarked one Portuguese colonial historian, while other racial groups were identified as responsible for contaminating the city and making the city unsanitary.…”
Section: Sanitation Power and Differencementioning
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“…Mas mais do que isso, é que estas narrativas tendem a ser construídas e contadas como se a história da FRELIMO fosse a história de Moçambique (Bragança e Depelchin, 1986). Aspetos estes que mostram o modo como as narrativas -que por vezes alimentam a história de Moçambique -tendem a ser excludentes desde o período da luta de libertação nacional (Borges Coelho, 2013;Souto, 2013;Machava, 2015;Meneses, 2015Meneses, , 2018. 4 E é neste âmbito que se percebe, mais uma vez, o porquê da instrumentalização -por parte de Guebuza -de figuras como Eduardo Mondlane, fundador e primeiro presidente da FRELIMO; Samora Machel, fundador e segundo presidente da FRELIMO bem como o primeiro Presidente de Moçambique independente; Romão Farinha e Luís Mara, ambos destacados membros da FRELIMO.…”
Section: Heróis Da Luta De Libertação Nacional E a Ideia De Nação Em unclassified
“…A sua partida foi inesperada e, quase sempre, acompanhada de um alto grau de dramaticidade, sobretudo no caso de Angola, onde o precipitar da guerra civil entre os três movimentos de libertação que lutaram pela independência do território (MPLA, UNITA e FNLA) levou a uma fuga desesperada dos portugueses residentes, que obrigou o governo português a organizar uma ponte aérea para os retirar. A partida foi também motivada pela mudança acentuada da ordem social e pela rejeição dos regimes de partido único e dos governos de maioria negra estabelecidos nos novos países independentes, o que levou, inclusive, a uma tentativa falhada de golpe contra a Frelimo em Moçambique -o 7 de setembro de 1974 -que deixou um rasto de violência racial, pilhagem e morte que precipitou a fuga em massa da população branca (Machava 2015).…”
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