O objetivo deste artigo é compreender, por meio dos discursos de três homens professores da Educação de Jovens e Adultos, os modos como a masculinidade hegemônica atuou em seus processos de subjetivação. Pretende-se revelar a negação da sensibilidade como dimensão essencial da pedagogia da masculinidade, apontar as ambiguidades das experiências corporais no processo de tornar-se homem e, por fim, desvelar os enfrentamentos vividos pelos participantes, relativamente à masculinidade no processo de construção da identidade docente. A pesquisa é qualitativa, com enfoque exploratório. Adotam-se entrevistas semiestruturadas para a construção dos dados. Os resultados apontam para uma tensão constante entre o inatingível ideal da masculinidade hegemônica e a ruptura criativa com esse parâmetro.