uso das tecnologias tridimensionais em ciência animal ainda é incipiente, mas existe um grande potencial de aplicações na pecuária, particularmente como estratégia para realização de biometria e caracterização fenotípica eliminando a subjetividade e contornando as limitações dos métodos convencionais. A técnica de luz estruturada, nesse caso, é uma ferramenta que teve por objetivo capturar modelos corporais tridimensionais para, a partir destes, obter dados biométricos em animais de produção. O estudo foi realizado na Fazenda Sucupira da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, localizada em Brasília, DF. O experimento foi realizado entre os meses de agosto de 2018 e julho de 2019. Foram usados bovinos das raças Nelore, Pantaneiro e Curraleiro. Foi feito um acompanhamento dos animais Nelore do primeiro ao décimo segundo mês de vida, para se comparar os dados obtidos dos animais em diferentes períodos de vida. Foi utilizado o sensor iSense conectado a um iPad Air com o aplicativo Structure para fazer as imagens 3D, sendo editadas no software MeshLab para análise das imagens, limpeza das mesmas e para adquirir medidas biométricas. Também foram coletadas medidas biométricas manuais com auxílio de uma fita específica e uma balança para bovinos. Foi observado que as imagens 3D obtidas dos animais mais jovens e menores apresentou algumas distorções e imperfeições, devido ao menor tamanho dos animais. O dispositivo de luz estruturada se mostrou uma boa escolha para trabalhar com seres vivos, visto que possui bom custo benefício não é tão preciso, não havendo interferência de pequenos movimentos dos animais. Entretanto, ainda se fazem necessários mais estudos na área para comprovar a eficiência desta tecnologia para o uso no campo, como uma alternativa às coletas de dados manuais, além de estudos buscando correlacionar as características fenotípicas captadas com o sensor com características produtivas a fim de aplicar a tecnologia no melhoramento genético