The threatened and poorly known thin-spined porcupine (Chaetomys subspinosus) is endemic to the highly deforested central portion of the Atlantic Forest of eastern Brazil. In southern Bahia, anecdotal observations suggested that native forest and shade cacao (Theobroma cacao) plantations are important habitats for this species. However, no studies have examined habitat preferences. We estimated the home-range size and determined the factors influencing habitat selection at landscape, home range, and tree scales in the cacao-growing region of southern Bahia. Radiotelemetry data from 21 individuals followed for 3-25 months from April 2005 to November 2013 showed a relatively small home range (0.5-9.5 ha using minimum convex polygon methods), with males showing larger home ranges than females. Habitat selection was congruent across spatial scales, with preference for structurally complex environments at all scales. The tagged porcupines preferred trees that were large, harboring many lianas, and closer to forest limits. Tree selection was specific for each animal activity. On landscape and home-range scales, they preferred secondary forest and avoided structurally simplified, highly disturbed vegetation types such as shade cacao and rubber plantations, early secondary forest, and open areas. All these man-modified habitats were rarely used, if at all, which considerably reduces the suitable habitat within the core distribution area and profoundly impacts conservation. O ouriço-preto Chaetomys subspinosus é uma espécie endêmica e pouco conhecida da porção central da Mata Atlântica, leste do Brasil, hoje altamente desmatada. No sul da Bahia, observações anedóticas sugerem que florestas nativas e plantações sombreadas de cacau (Theobroma cacao) são importantes habitats para esta espécie. Não existe estudo, entretanto, sobre as preferências de habitat desta espécie. Nós estimamos o tamanho da área de vida e determinamos os fatores que influenciam a seleção de habitat pelo ouriço-preto em nível de paisagem, área de vida e árvore na região cacaueira do sul da Bahia. Nós analisamos dados obtidos por radiotelemetria de 21 indivíduos seguidos durante três a 25 meses de Abril 2005 a Novembro 2013. Os animais apresentaram relativamente pequena área de vida (0,5 a 9,5 ha, usando o método mínimo polígono convexo) com machos apresentando maior tamanho de área de vida do que fêmea. A seleção do habitat foi congruente através das escalas espaciais, com preferência para ambientes estruturalmente complexos em todas as escalas. Em nível de árvore, os ouriços marcados preferiram grandes árvores, árvores com muitas lianas e árvores mais próximas aos limites do fragmento florestal. A seleção de árvores foi específica para cada atividade animal e nós oferecemos detalhes. Para ambas as escalas, paisagem e área de vida, eles preferiram florestas secundárias avançadas, enquanto evitaram ou não preferiram tipos de vegetação simplificados e altamente alterados tais como plantações sombreados de cacau e seringas, florestas secundárias iniciais ...