Introdução: O CCR5 é o principal co-receptor envolvido na entrada do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em células-alvo. Objetivo: Descrever a importância do uso terapêutico de célulastroncos hematopoiéticas sem CCR5 funcional no combate ao HIV. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistematizada de literatura na base de dados PubMed, que, após aplicados os critérios de seleção, resultou em 12 artigos de língua inglesa no período de 2014 a 2020. Fundamentação teórica: Há evidências de que indivíduos com mutações no CCR5 podem fornecer proteção parcial ou total contra a infecção pelo HIV e, portanto, em pacientes com transplante de células-tronco hematopoiéticas sem CCR5 funcional, a uma aparente cura para o HIV-1, isso porque, as células sanguíneas nulas do CCR5 são amplamente resistentes à entrada do vírus. Considerações finais: Neste sentido, as mutações naturais e edição genética em células hematopoiéticas se mostraram uma alternativa promissora de tratamento do HIV.Palavras-chave: Co-receptor CCR5; Vírus da imunodeficiência humana; Células hematopoiéticas.
INTRODUÇÃOO CCR5 é o principal co-receptor envolvido na entrada do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em células-alvo (VANGELISTA; VENTO, 2018;. Assim, inibidores de co-receptor específicos estão sendo desenvolvidos para explorar esta fase da infecção celular. Nos últimos anos, a tecnologia de edição de genes CRISPR/cas9 se tornou uma solução promissora, que pode simular mutações CCR5Δ32 de ocorrência natural e garantir permanentemente que não haja expressão de CCR5 na superfície celular (MANDAL et al., 2014;MEHTA;CHANDRAMOHAN;