O objetivo deste trabalho foi averiguar possíveis variações nas mensurações morfológicas entre reprodutrizes zebus dos grupos genéticos (GG) Indubrasil, Nelore e Tabapuã e entre os GG de suas filhas F1 Holandês x Indubrasil (HxI), Holandês x Nelore (HxN) e Holandês x Tabapuã (HxT), além de estimar coeficientes de herdabilidade (h²) para estas características. O método dos quadrados mínimos foi usado para verificação das diferenças nas características morfológicas entre os GG e para obtenção de estimativas de h² pela regressão filha-mãe (RFM). O método REML foi também usado para estimar h². Os dados foram coletados em 183 vacas zebus e 273 novilhas F1 Holandês x Zebu. O GG das fêmeas F1 foi importante para sua inscrição no livro de controle e registro genealógico da raça Girolando, pois os GG obtiveram diferentes pontuações nas características de classificação total para tipo, aparência geral e caracterização leiteira. Para estas três características, as mestiças HxI obtiveram melhor pontuação que as HxN e as novilhas HxT, pontuação intermediária. Entre as características morfológicas, as larguras entre as tuberosidades ilíacas e as isquiáticas, o comprimento da garupa, a profundidade torácica, a altura na cernelha e o peso corporal não apresentaram diferenças entre os três GG zebus e entre suas progênies F1 Holandês x Zebu. As estimativas de herdabilidade variaram de 0,09 (profundidade torácica) a 0,59 (comprimento da orelha) pela RFM e de 0,09 a 0,89 (mesmas características) pelo método REML. Os resultados indicam que, em sistema de cruzamento com a raça Holandesa, para a produção de novilhas F1 para venda, o GG Indubrasil produziu animais melhor caracterizados, como da raça Girolando, os quais, possivelmente, teriam maior apelo comercial que os dos GG Tabapuã e Nelore. Adicionalmente, as estimativas de herdabilidade indicaram que a seleção para características morfológicas levaria a ganhos genéticos diretos razoáveis.